INSTRUÇÕES PARA CONFECÇÃO DE GRÁFICOS

Gráficos são figuras que permitem representar dados numéricos, possibilitando uma boa visualização de como as diferentes variáveis estão relacionadas entre si. O uso de gráficos facilita muito a apresentação e análise de dados em ciência e tecnologia. Veremos a seguir como proceder na elaboração de um gráfico bem feito para que o mesmo seja de fácil interpretação e efetivamente útil.

Os seguintes cuidados devem ser tomados na construção de gráficos:

- Os gráficos não devem ser maiores do que a metade de uma folha de papel, pois uma pessoa teria dificuldade de focalizar os olhos numa área maior a uns 30 cm dos seus olhos.

- Uma relação altura/largura menor do que um será de mais fácil leitura (observe que a tela de cinema e a televisão também tem relação altura/largura menor do que um).

- Colocar a variável independente na escala da abscissa (eixo x) e a variável dependente na ordenada (eixo y).

- Os eixos devem ser identificados com a grandeza e sua unidade e devem conter apenas a escala.

- Escolha as escalas que permitam uma distribuição dos pontos em quase toda a área do gráfico, se possível cada eixo deve começar do zero.

- As escalas devem ser marcadas nos eixos a intervalos iguais (mas não muito próximos). Não se deve marcar nada entre os intervalos (não marcar nos eixos os valores dos pontos experimentais!). A escolha da escala deve ser de tal modo que não dificulte a confecção do gráfico e a sua utilização, isto é, escolher escalas com divisões principais no papel gráfico que permitam subdivisões de fácil leitura. Valores como 2, 5 e 10 (ou seus múltiplos ou submúltiplos) são melhores, mas 4 também é algumas vezes usado. Nunca usar 3, 7, 9, etc, pois dificultam a leitura de valores intercalados no gráfico. As divisões na escala de abscissas não precisam ser iguais às divisões nas escalas das ordenadas.

- Marque cada ponto do gráfico claramente, escolha um símbolo de tamanho facilmente visível (por exemplo, um círculo com raio » 2 mm ou um quadradinho) com um pontinho no centro. Nunca marque os pontos apenas com um pontinho.

- Se os pontos no gráfico estiverem aproximadamente em linha reta, trace uma reta por entre os pontos de modo que a mesma represente um comportamento médio. Nunca ligue os pontos um a um.

- Se os pontos não estiverem aproximadamente em linha reta, desenhe uma curva suave por entre os pontos de modo a mostrar um comportamento esperado ou inferido.

- Escreva sempre uma legenda breve explicando de que trata o gráfico para que o leitor entenda a figura mais facilmente.

A seguir estão dois exemplos de gráficos bem feitos.



Abaixo estão exemplos de gráficos mal feitos com os erros mais comuns cometidos por pessoas pouco cuidadosas.


A seguir listamos os erros principais cometidos em cada um dos gráficos acima:

NO GRÁFICO 1:
- Falta indicar a unidade no eixo-y.
- A escala utilizada no eixo-x não é muito prática.
- Não se deve ligar os pontos uns aos outros.
- O símbolo (bolinha) está muito pequeno.

NO GRÁFICO 2:
- Falta indicar a variável e a unidade no eixo-y.
- O símbolo utilizado para indicar os pontos experimentais está muito grande.
- A escala das ordenadas (eixo-y) deveria ser ajustada de modo que os pontos do gráfico se distribuíssem em toda a área do gráfico.
- A reta não representa o comportamento médio, pois a maioria dos pontos estão abaixo da mesma.

NO GRÁFICO 3:
- Embora a escala do eixo-y esteja apropriada, caberia uma indicação das subdivisões da mesma, como nos gráficos 1 e 2.
- A escala das abscissas (eixo-x) deveria ser ajustada de modo que os pontos do gráfico se distribuam em toda a área do gráfico.

NO GRÁFICO 4:
- Não se deve marcar nos eixos os valores numéricos dos pontos experimentais.
- Falta indicar a escala no eixo-y.

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