Em uma noite sem Lua e longe das luzes das cidades, quando olhamos para o céu a primeira coisa que notamos é o brilho das estrelas. Um ou outro planeta também está lá, mas elas é que nos chamam a atenção de início.
Primeiramente notamos que elas são fontes de luz muito mais fracas que o Sol.
A segunda coisa é que suas cores aparentes são variáveis, desde um branco azulado da maioria, até um amarelo avermelhado, um pouco mais raro.
Existe ainda um terceiro aspecto, embora este já não seja muito óbvio a olho nu: é que a maioria das estrelas agrupa-se em pequenas famílias de dois, três ou mais membros.
Um bom exemplo disto é a estrela Alfa do Centauro, a estrela mais próxima de nós, que na verdade é um sistema de três estrelas. Outro é o grupo de 7 estrelas que formam as Plêiades, discutido mais adiante. É importante que você não confunda estes e outros grupos estelares de que falamos aqui, com as constelações tradicionais. Estas, na sua grande maioria, não passam de configurações aparentes de estrelas, sem nenhuma relação entre si.
Na verdade quase metade das estrelas faz parte de sistemas de duas estrelas, chamados estrelas binárias. A maioria destas estrelas duplas, embora vivam juntas, distam entre si várias unidades astronômicas (uma unidade astronômica, UA, é a distância media da Terra ao Sol), movendo-se uma em torno da outra com períodos de vários anos. Existem, no entanto, estrelas binárias cuja separação é muito menor e que se movimentam com períodos de apenas algumas horas! Estas estrelas estão tão próximas uma da outra que são capazes de trocar entre si seu material envoltório. Muitas vezes esta troca ocorre de maneira um pouco violenta, e então podem acontecer explosões locais que expulsam a matéria para longe do sistema. Em outros sistemas binários, onde acontece que uma das componentes seja uma estrela muito compacta e densa, o material da companheira flui mais calmamente, formando um disco luminoso em torno da estrela compacta.
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