Asteroides e Cometas


 ASTEROIDES 

Apesar do nome de origem grega que significa ―similar a estrelas‖, os asteróides são mais parecidos aos planetas, apesar de muito menores. Concentram-se, em sua maioria, em um anel entre as órbitas de Marte e Júpiter. Imagine o que aconteceria se um planeta fosse quebrado em milhares de pedacinhos e esses pedacinhos fossem espalhados ao longo de sua órbita. Um cinturão de asteróides é aproximadamente isso. Porém, os asteróides não devem ser o resultado de um processo destrutivo, mas, sim, um planeta que não deu certo. Como veremos mais adiante os planetas devem ter sido formados aos poucos, a partir da aglutinação de pedaços menores. O diâmetro dos asteróides pode chegar a centenas de quilômetros. O maior deles, Ceres, tem um diâmetro de 974 quilômetros. Os grandes asteróides são esféricos, mas os menores podem possuir formas irregulares (como a de batatas). A maior parte deles é formada basicamente por rochas (predominância de silicatos). Porém, alguns podem ser metálicos (predominância de ferro).

COMETAS

O sistema solar não abrange apenas o Sol, os planetas, seus satélites e asteróides. Os cometas pertencem também ao sistema solar e, como os planetas, orbitam em torno do Sol. Porém, suas órbitas não se restringem ao plano do sistema solar, que contém as órbitas dos planetas. As órbitas dos cometas possuem inclinações as mais variadas, com excentricidades bastante altas e raios muito grandes, maiores que os dos planetas mais distantes. Quanto à sua composição, o núcleo de um cometa é um aglomerado de matéria sólida: grãos de poeira e gelo de materiais orgânicos. Quando um deles se aproxima do Sol, o material de sua superfície sublima, formando uma nuvem de gás e poeira ao seu redor. Essa é a chamada coma. O movimento do cometa, em combinação com a ação do vento solar, forma duas caudas: a de gás e a de poeira.

Hoje se acredita que os cometas são resquícios da época da formação do sistema solar. Sua composição deve ser a mesma da nuvem primordial que deu origem ao Sol e aos planetas. Mas, de onde vêm os cometas? Provavelmente de uma região bastante afastada do sistema solar chamada Nuvem de Oort, idealizada pelo holandês Jan H. Oort. Supõe-se que ela seja uma nuvem de gás, poeira e cometas que circunda todo o sistema solar, formando uma casca esférica. Ele a postulou calculando as órbitas de vários cometas e observando que o seu afélio se concentrava em uma região que poderia se encontrar a até um ano luz do Sol.

Os cometas concentram-se nessa região e, ocasionalmente, são perturbados e suas órbitas modificam-se de modo a passar próximo ao Sol: nessa situação eles tornam-se visíveis. E como todo objeto menor que se desloca pelo sistema solar pode impactar com um planeta como foi o caso do impacto do Cometa Shoemaker –Levy com Júpiter em julho de 1994. A energia liberada nos impactos do núcleo despedaçado deste cometa foram algumas centenas de vezes maior que o total de todo o arsenal de armas nucleares.

METEOROS, METEORITOS E METEOROIDES

Qual a diferença entre meteoro, meteoróide e meteorito? Um meteorito é um objeto sólido que atingiu a superfície terrestre. O meteoro é o fenômeno que ocorre quando um corpo entra na atmosfera terrestre e deixa um rastro luminoso provocado pelo atrito - são as chamadas estrelas cadentes. O corpo que entra na atmosfera é o meteoróide. Os meteoróides são fragmentos de cometas ou asteróides. Os menores são desintegrados pelo atrito com a atmosfera e apenas os maiores podem chegar à superfície da Terra. Esses meteoritos são, em sua maior parte, originários de asteróides. Os cometas deixam atrás de si rastros de poeira que formam tubos com diâmetros da ordem de 10 a 50 milhões de km!! Se a Terra atravessa um desses anéis de poeira, ocorre a chamada chuva de meteoros. É por isso que existem determinadas épocas do ano para que isso ocorra: é quando a Terra atravessa o rastro de um cometa importante.

Hoje a teoria mais aceita para a extinção dos dinossauros é a de um impacto de um meteorito ocorrido no México, próximo à Península de Yucatan, por volta de 65 milhões de anos atrás. Segundo pesquisas recentes, esse meteorito teria um diâmetro de cerca de 10 km. A cratera formada teria entre 200 a 250 quilômetros de diâmetro, e é denominada Cratera de Chicxulub. O choque teria levantado uma enorme quantidade de poeira, que teria bloqueado os raios solares e levado ao resfriamento drástico da superfície terrestre por vários meses. Isso teria provocado a morte das plantas e dos animais que delas se alimentavam. A energia estimada para esse impacto corresponde a cinco bilhões de bombas nucleares como a que foi lançada em Hiroshima.

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